sexta-feira, 16 de abril de 2010

Resumo do Texto: "Teoria Aristotélica da Beleza" de Ariano Suassuna

Primeiro Resumo:

Aristóteles abandona o idealismo Platônico. Segundo seu pensamento a beleza de um objeto decorre apenas da harmonia ou ordenação existente entre as partes e o todo deste objeto (influencia do conceito grego de beleza), “A beleza consiste em unidade na variedade”. Para ele o Belo exigia grandeza ou imponência e ao mesmo tempo proporção e medida.
Segundo dizia, o mundo, vindo do caos, passou a ser regido por uma harmonia, mas como se ainda restassem vestígios da desordem anterior, parece como se o mundo e os homens estivessem sempre numa luta incessante para levar a vitória completa da harmonia sobre o caos.
Ele pressentiu que a Beleza incluía várias outras categorias além do Belo, implicitamente ele admitia a desordem e a feiúra como elementos aptos a estimular a criação da Beleza através da arte (ex: Comédia, a arte do feio).
A beleza portanto é uma propriedade particular do objeto que proporciona ao sujeito um prazer estético através da apreensão simples, gratuita e sem esforço do objeto pelo espírito do sujeito, sendo esta definição objetiva, que recorre somente ao objeto para explica-la.


Segundo Resumo:


1- A Beleza como Harmonia e Proporção
A visão idealista de Platão de que “a Beleza é o brilho da Verdade”, ficou pra sempre ligada à noção de Beleza. Mas Aristóteles abandona esse idealismo afirmando que a beleza de um objeto não depende de sua maior ou menor participação numa beleza suprema, absoluta e sim de certa harmonia ou ordenação existente entre as partes desse objeto. E ainda exigia do belo outras características, entre as quais as mais importantes eram uma certa grandeza ou imponência, e, ao mesmo tempo, proporção e medida nessa grandeza. Para Aristóteles a Beleza incluía várias outras categorias além do Belo.
A referência que Aristóteles faz à harmonia das partes de um todo, unidade e totalidade, fez a fórmula aristotélica surgir: “A Beleza consiste em unidade na variedade”. A visão aristotélica do mundo é fundamental para se entender sua idéia da Beleza. Ele acreditava que o mundo vindo do caos, passou a ser regido por uma harmonia, mas é como se ainda restassem vestígios da desordem anterior e é como se o mundo e os homens estivessem sempre numa luta incessante para levar adiante a vitória incompleta da harmonia sobre o caos.

2- O Conflito entre Harmonia e a Desordem
Implicitamente Aristóteles admitia a desordem e a feiúra como elementos aptos a estimular a criação da Beleza, através da Arte.
A grande contribuição de Aristóteles para a Estética foi primeiro, a de retirar a Beleza da esfera ideal e segundo, o tratado que ele deixou sobre a Tragédia é ainda povoado de sugestões e valiosas de toda espécie, para a Estética.
Aristóteles se referiu à Comédia, Arte do Feio, como fazendo parte do campo estético. Assim o Feio, encarado por ele, como uma desarmonia, é então, incluído no campo estético.

3- Aspecto Subjetivo da Beleza
Aristóteles encara, na “Retórica”,uma visão mais do agrado da Estética pós-kantiana, moderna a cerca da Beleza. Ela passa a ser o objeto que agrada ao sujeito pelo simples fato de ser apreendido e fruído. Ainda na “Retórica” examina a fruição da obra de arte e as características da Beleza do ponto de vista do sujeito.
A contribuição mais importante de Aristóteles quanto a essa parte da essência da Beleza, foi tentar uma definição objetiva dela do ponto de vista realista e sem recorrer a outra coisa para explicá-la que não o próprio objeto.

4- Pontos Fundamentais do Pensamento Aristotélico
Para Aristóteles a Beleza, é uma propriedade do objeto e as três características da Beleza são, harmonia, grandeza e proporção. A fórmula que traça as fronteiras da Beleza é “a unidade na variedade”. Considera a Comédia como uma Arte do feio, mas não a inclui no campo estético, diz que o realismo não se confunde com nenhum pensamento estreito. Do ponto de vista da contemplação do sujeito define Beleza como aquele bem que é aprazível porque é bem. Então o pensamento platônico e o aristotélico são processos diferentes de acercamento da realidade íntima das coisas. O mundo é regido por uma harmonia que se reencontra na Arte e no conhecimento.



Por:
Caroline Barra
Cristiane Santana

Resumo do Texto: "Teoria Platônica da Beleza" de Ariano Suassuna

Primeiro Resumo:

Platão dizia existir dois mundos: o Real ou “em ruína” onde predominava a morte, a ruína, a feiúra e a decadência e o Ideal, Autêntico ou “em forma” que era o mundo das essências ligadas ao ser do mundo real onde a Verdade, a Beleza e o Bem são essências superiores, cada ser do nosso mundo possui um modelo, um arquétipo ideal e a beleza terrestre seria um reflexo, uma “imitação” de modelos da Beleza Absoluta. Portanto, para Platão a beleza depende da comunicação que um ser ou objeto possua com a Beleza Absoluta, ideal, existente neste mundo das Idéias.
Segundo ele a alma humana é proveniente do mundo das idéias por isso ela é atraída pela beleza. Ela, antes de unir-se ao corpo vivenciou a Beleza e Verdade Absolutas e por isso aqueles que se dedicam à Beleza e Verdade são aqueles cujas almas recordam-se da experiência assimilada no plano das idéias.
O mito da “parelha alada” de Platão diz ser o caminho místico o único capaz de elevar o homem ao mundo das idéias. Tal caminho seria o do amor, pois a princípio o ser humano era andrógino, ao ser separado (machos e fêmeas) cada alma procura seu par. Os indivíduos inferiores contentam-se com o amor físico, já os superiores iniciam sua busca pelo amor físico, logo alcançam o desejo de um belo corpo e passam a amar toda a beleza existente em belos corpos. Contudo a beleza corpórea torna-se pouco digna de estima, pois é sujeita à ruína (velhice, morte) então tal indivíduo passa a contemplar a beleza moral (da alma) porque ela resiste e com o tempo, sua contemplação é aprimorada até ele atingir o estágio final que é possível na terra, alcança a beleza “suprema”, acima de qualquer coisa, imutável e absoluta identificada com a Verdade e que causava prazer, deleite.


Segundo Resumo:


Platão via o universo como dividido em dois mundos: o mundo em ruína e o mundo em forma. O nosso mundo é o campo da ruína, da morte, da feiúra, da decadência. O mundo autêntico é aquele mundo das essências, da idéias puras. É o mundo eterno e imutável que existe acima do nosso. Nele a verdade, a beleza e o bem são essências superiores, ligas diretamente ao ser.
Segundo Platão, a alma humana, eterna, sofre uma decadência ao se unir ao corpo material. Para ele a alma sabe tudo e se nós não a acompanhamos nesse conhecimento é porque a nossa parte material e grosseira faz com que nós nos esqueçamos da maior parte daquilo que a alma sabe, por ter contemplado já, a verdade, a beleza e o bem absolutos.
Os diálogos platônicos que mais se referem à Beleza são “O Banquete” e o “Fredo”. No primeiro, o chamado “discurso de Sócrates” explica, quase que de modo definitivo, a teoria platônica da Beleza, valendo-se do famoso mito da “parelha alada”. Platão aconselha a seus discípulos o caminho místico, como o único apto a elevar os homens das coisas sensíveis e grosseiras até o mundo das idéias. O estágio de aperfeiçoamento seguinte, será aquele em que se considera a beleza da alma como superior à beleza do corpo.
Para Platão, a Beleza causava antes de mais nada, enlevo, prazer, arrebatamento. Deleitação. Para ele a alma lembra dificultosamente e como pode, realidades que contemplou numa outra vida mais autêntica da qual vivemos desterrados. É a famosa teoria da reminiscência, que iria informar todo o pensamento platônico, não só quanto a contemplação da Beleza, da Verdade e do Bem, como a respeito dos métodos e processos criadores da Arte.


Por:
Caroline Barra
Cristiane Santana

Teorias da Estética

Teoria do Belo (qualidade e percepção):
É a beleza estabelecida pela sociedade, independente dos gostos pessoais.
Teoria do Gosto (qualidade e percepção):
É a beleza proveniente da interpretação pessoal, relativo aos gostos e preferências do indivíduo.
Teoria da Arte/ Filosofia (definições sobre arte e objetos estéticos):
É toda produção humana.


Exemplos:































Por:
Bruna Pegurier
Caroline Barra
Cristiane Santana
Isabela Cursino






Resumos do texto "Iniciação à estética" de Ariano Suassuna

1° Resumo

Capítulo I:
Natureza e objeto da estética

1- A Estética como Filosofia do Belo ou da Arte
A estética nas épocas clássicas era definida como a “Filosofia do belo”, e o belo era uma propriedade do objeto, uma propriedade que no objeto e como modo do ser era captado e estudado. Por sua vez no belo, era cogitado tanto do belo da Arte quanto do belo da Natureza. O belo da Arte começa a ser considerado superior ao belo da Natureza a partir do idealismo germânico.

2- A Estética como Ciência do Estético
Por influência de Kant, alguns pensadores começaram a subdividir o campo estético: o Belo já não ocupava isolado todo esse campo, era apenas uma de suas categorias, a outra segundo Kant era o Sublime. Quando definir e sistematizar a fragmentação do campo estético começou a ser tratada, surgiu a pergunta: “Seria válido definir a Estética como a Filosofia do Belo, se o campo estético inclui categorias?
Segundo esses os pós-kantianos por outro lado, a Estética deve ser uma ciência e não uma filosofia.

3- O Belo e o Estético
O nome Estético passou a caracterizar o campo geral da Estética, que incluía todas as categorias que os pensadores e artistas tivessem demonstrado interesse. E o nome Belo para aquele tipo especial caracterizado pela harmonia, senso de media e fruição serena e tranquila, o Belo assim chamado clássico.

4- Inconveniência Tautológica do Estético
Kainz em seu texto “Estética” inclina-se a adotar o critério pós-kantiano, mas chega à evidência de que definir a Estética como “ciência do Estético” por ser tautológica é não dizer nada e acaba voltando ao velho critério tradicional.

5- A Estética como filosofia da Beleza
Aqui levam-se em conta a força dos critérios tradicionais e a advertência de Kainz, mas também temos que definir a Estética pelo Belo, considerar todas as observações da Estética pós-kantiana e a respeito da importância da Filosofia da Arte na Estética, temos as palavras de Bergson, citando que e enquanto na Natureza, a Beleza é encontrada por acaso, na Arte ela é deliberadamente procurada e realizada.
A Estética pode ser definida assim como a Filosofia da Beleza, sendo a Beleza algo que como o estético dos pós-kantianos, inclui amargor e aspereza.

6- O campo da Estética
A estética como decorrência de sua natureza é então uma espécie de reformulação da Filosofia inteira em relação à Beleza e à Arte. Por isso temos que verificar a questão do método a ser nela seguido, como uma introdução crítica ao estudo do campo da Estética.


Capítulo II:
As opções iniciais da Estética

1- A Opção ante o Irracionalismo
Temos de empreender na Estética uma verdadeira visão do mundo em relação à Beleza. E em vista da complexidade do campo estético, não admira que o grande problema com que nos defrontamos ao enfrentá-lo, à primeira grande opção ante a qual temos de nos decidir, seja aquela criada pela tentação irracionalista.
Os que se inclinam pelo irracionalismo no campo estético, são, principalmente, os artistas e os pensadores irracionalistas. O irracionalismo estético é somente um dos aspectos do irracionalismo adotado para a visão filosófica geral.
Quanto ao irracionalismo estético dos filósofos, é preciso que se diga, de início que o verdadeiro racionalismo não disseca friamente nada, nem comprime a vida e o mundo em fórmulas mesquinhas. Num caso e noutro, porém, é à inteligência e a uma Estética que artistas e filósofos têm de pedir socorro para combater as duas (Inteligência e Estética)
A mesma coisa sucede com os que recusam a Estética: clara ou confusa, racionalista ou anti-racionalismo, todo artista tem sua estética particular. É formulando uma determinada estética que os pensadores irracionalistas a combatem.

2- Estética Objetiva e Estética Subjetiva
A outra grande opção que temos a fazer na Estética é entre o objetivismo e o subjetivismo. Não ocorria para Platão e para Aristóteles que a Beleza não é uma propriedade do objeto, algo que se encontra no objeto, e sim uma construção do espírito do contemplador colocado diante do objeto.
De acordo com Kant em “Critica del Juicio”, além da inteligência, segundo cujas leis se pensa e da vontade, existe um juízo de gosto, no qual domina a sensação de prazer ou desprazer, através da qual se discerne se uma coisa é bela ou não. Assim a Beleza não é uma propriedade do objeto, mas uma certa construção que se realiza dentro do espírito do contemplador, uma certa harmonização de sua faculdades. A beleza de um objeto não decorre, então, de qualidades do objeto: é obra pura e exclusiva do espírito do sujeito, que a fabrica interiormente, diante do objeto estético.
A imensa contribuição de Kant na Estética, foi chamar a atenção para o fato de que a fruição da Beleza não é puramente intelectual, nem puramente sensível. O criticiso kantiano iria influenciar, porém, de maneira talvez desastrosa para o pensamento, toda a Estética contemporânea.
Depois de Kant, o panorama da Estética, com algumas raras exceções, é este: os estetas, ou afirmam decididamente que a Beleza é algo que se constrói no espírito do sujeito, ou então optam por uma solução de meio-termo, de compromisso objetivista-subjetivista.
Todos os estetas que se ligam à corrente pós-kantiana preferem atacar o objetivismo através da corrente platônica, mesmo este pensamento sendo contestável.

Para nós, a Beleza é uma luz do ser, do objeto. No caso da Arte, é a imaginação, o subconsciente. Se a Beleza é uma propriedade do objetivo, é nos objetos que formam o vastíssimo campo estético que deve ser estudada e pressentida a essência da Beleza.

3- Estética Filosófica ou Estética Científica
Nesta opção, há a opção de seguir pelo caminho lógico-filosófico ou pelo caminho científico-experimental.
A corrente pós-kantiana tentou fazer da estética uma "ciência do estético", querendo restringi-la aos limites de uma explicação. Pretendiam ser guiados, exclusivamente, pelo método experimental. Baseados na idéia kantiana de que a Beleza não é uma propriedade do jeito, mas sim uma construção do espírito do sujeito. Um fato estético fundamental, sendo a experiência pessoal de cada um.
Os psicólogos eram defensores dessa idéia, afirmando que os princípios axiológicos seriam fornecidos pela Psicologia. Os sociólogos alegaram que o mais importante era a experiência coletiva. As divisões e oposições foram tantas, que os estetas contemporâneos estão procurando um denominador comum.
Estão voltando a reconhecer a necessidade de religar a Estética à Filosofia. Apesar de os realitas e objetivistas negarem-se sempre a abandoná-la e a Estética lógica ser vista como um meio-termo, ligação entre a Estética filosófica e a científica. Esta reconhece a necessidade de se conhecer pelas essências e a partir do objeto estético.
No extremo oposto, estão aqueles que acreditam que a Estética é uma disciplina filosófica, que procura captar as essências a partir do objeto estético. Sustentam que a Estética só tem um caminho para se sobrepor à confusão, que seria religar a Estética à Filosofia, fazendo dela uma Filosofia da Beleza.

4- Estética Filosófica e Métodos da Estética
Moritz Geiger acentua que o pior inimigo da Estética é o irracionalismo.
As Estéticas filosófica e científica entendem-se num ponto: a Estética é útil e não constitui nenhuma ofensa à Arte e à Beleza, apenas diferem à escolha dos meios a empregar em seu estudo.

5- As Essências; a Estética e a Arte
A Estética procede sua investigação no objeto estético e interessa-se pelas essências.
A Estética não se confunde com a Crítica de Arte. A Estética não pode nem poderia legislar sobre a Arte, porque é somente uma atividade reflexiva efetuada sobre o geral da Beleza e da Arte, e não sobre o particular e concreto. (Já se fosse que não compete à Estética julgar os romances de Zol; compete-lhe definir o que é um romance, em geral.)
Jacques Maritain, por um lado acentuando a independência da Arte, distingue o campo estético do campo artístico. Por outro lado, Henri Gouhier salienta a importância das obras de Arte.
A grande contribuição de Aristóteles para a Estética foi a de retirar a Beleza da esfera ideal em que Platão colocou. Isso faz da Beleza uma propriedade do objeto.
É sabido que os pensadores antigos excluíam o Feio de suas cogitações sobre a Beleza e a Arte, sendo admirável que Aristóteles tenha se referido à comédia, Arte do feio, como fazendo parte do estético. O Feio, encarado por Aristóteles, é uma desarmonia.

3- Aspecto Subjetivo da Beleza
Aristóteles encara o mesmo problema sob um ângulo talvez mais do agrado da Estética pós-kantiana. Não é mais no objeto que ele estuda, mas sim nas repercussões que ela desencadeia, chegando a conclusão que a Beleza é o objeto que agrada o sujeito.
O verdadeiro pensamento objetivista e realista nem descura os aspectos psicológicos da Beleza, nem a colaboração do contemplador nem rejeita o surgimento das intuições.
Na "Retórica", Aristóteles examina a fruição da obra de arte e as características da Beleza do ponto de vista do sujeito.
Os herdeiros de Platão acham que isso implica numa concepção estreita da vida e da Beleza. Mas não se deve penar que o verdadeiro realismo esqueça a natureza transcendental da Beleza e o caráter inesgotável e profundo do real.
Bosanquet apresenta como uma espécie de defeito o fato de que Aristóteles procurou encarar a Beleza em todas as suas relações ao mesmo tempo, embora reconheça que ele traçou muito bem as fronteiras da Beleza, pois os platônicos apenas se fixam no que a beleza tem de transcendental.

4- Pontos Fundamentais do Pensamento Aristotélico
Para Aristóteles, a Beleza é uma propriedade do objeto e consiste na harmonia das partes de um todo. As três características principais da Beleza são, portanto, a harmonia, a grandeza e a proporção. A fórmula que traça as fronteiras da Beleza é "a unidade na variedade". Sob o ponto de vista da contemplação do sujeito, a Beleza é aquele bem que é prazível porque é bem. A Arte não é uma forma de conhecimento, a Arte é um depoimento do mundo, contido numa realidade transfigurada. O pensamento platônico e o aristotélico são processos diferentes do acercamento da realidade íntima das coisas.

Por:
Cristiane Santana
Patrícia Contreiras
2° Resumo
Cap.1

A estética era tradicionalmente definida como filosofia do belo que na filosofia tradicional era dividido em belo da natureza e belo da arte, tendo o da natureza prioridade. A partir do idealismo germânico o da arte passa ser superior pelo motivo da arte nascer duas vezes do espírito.
Com o tempo a definição de estética fora questionada, determinando que o belo seria uma categoria do estético e a estética seria uma ciência do estético. A estética abrigaria diversas categorias como o feio e o horrível, e o belo ficaria como senso de medida, desfrutação serena. A estética seria portanto a exposição de nossas reações diante da arte.
O texto define por fim a estética como filosofia da beleza (tendo o mesmo significado da ciência do estético), sendo a filosofia da arte o núcleo da estética pois diferente da beleza da natureza, na arte, a beleza é procurada e realizada.

Cap. 2 ( paginas 25 à 37)

A estética age em defesa da arte e não ferindo sua liberdade criadora, não poderia legislar sobre a arte pois é uma atividade reflexiva, ela não julga, define. Ela existe particularmente em cada artista seja ela clara ou confusa, racionalista ou anti-racionalista.
Para Platão a beleza depende da maior ou menor comunicação existente entre o objeto com uma beleza absoluta, única. Já para Aristóteles a beleza dependeria da ordem ou harmonia do conjunto do objeto.
Discute-se se a estética deve ser objetiva ou subjetiva. Sendo objetiva, a beleza vem das qualidades próprias do objeto e nada teria haver com o observador. Segundo Kant, a beleza não vem de tais qualidades mas da construção interna, auxiliada pelo conhecimento e imaginação, do contemplador. O que ocasionou a muitos estetas, considerar a experiência pessoal um fato estético fundamental.

Paginas 52 à 55

As contribuições de Aristóteles para a estética foram retirar a beleza da esfera ideal em que a colocara Platão( a arte teria de se aproximar de um modelo ideal no campo das idéias) tentando encontrar sua essência nas próprias propriedades das coisas e considerar o “feio”(ou “desarmonia”, que era como ele o encarava) integrante do campo estético. Aristóteles chega também a falar que o prazer estético provém da apreensão gratuita do objeto pelo espírito do sujeito, aproximando assim da estética pós-kantiana e definindo a beleza de um ponto de vista realista recorrendo somente ao objeto para explica-la.
Portanto, para Aristóteles, a beleza é uma propriedade do objeto e consiste na harmonia de suas partes. A beleza, enfim, teria três características principais: harmonia, grandeza e proporção.
Por:
Caroline Barra
Renata Gouvêa

Resumos do Texto "Estética" de Gustavo Bomfim

1° Resumo

A estética ocupa-se de três interpretações enquanto denominação de uma ciência: a) É a ciência que se ocupa do estudo da percepção sensorial e dos conhecimentos adquiridos através dela; b) É a ciência que estuda o belo na natureza, nas atividades do homem e nos objetos de sua criação e c) É a ciência que estuda a arte, onde estético é sinônimo de artístico.
O processo estético pode ser tematizado através de inúmeras teorias, a título de exemplo, cinco temas principais serão considerados, cuja ordem obedece ao desenvolvimento histórico da ciência: Ontologia, Teoria do Conhecimento e empirismo, Processo, Psicologia e ainda um estudo sobre o processo de avaliação estética.
Ontologia: em estética a ontologia se ocupa da origem, causa e natureza do belo. Na estética de Platão há três momentos: 1) Uma tese de natureza emocional; 2) O segundo momento se caracteriza pela antítese racional e 3) No terceiro momento, há uma síntese normativa, ou seja, uma estética da ordem.
O tema da estética de Platão é o estudo da idéia do belo, de Aristóteles é o estudo da arte. Tanto na estética de Platão como na de Aristóteles o belo é determinado através de características do objeto, ou seja, nesse ponto os dois concordam com objetividade do belo, contrariando o conceito da beleza objetiva, a natureza do belo na filosofia de Plotino é justificada pela experiência subjetiva. De acordo com ele há cinco níveis na natureza que podem ser diferenciados: a matéria, o corpo, a alma, o espírito e a transcendência.
Teoria do Conhecimento e empirismo: A Teoria do Conhecimento se ocupa do processo de conhecimento da realidade, trata do relacionamento entre sujeito e objeto.
O empirismo se vale de procedimentos indutivos no juízo estético, que se desenvolvam através da observação e da experiência de casos concretos.
Para Immanuel Kant existem dois níveis no relacionamento entre sujeito e objeto: o nível da relação entre o conteúdo do objeto e a compreensão do sujeito, e o nível da relação entre a forma do objeto e o gosto do sujeito. De acordo com esse princípio Kant estabeleceu quatro momentos do juízo estético: 1) Momento: do ponto de vista da qualidade; 2) Momento: do ponto de vista da quantidade; 3) Momento: do ponto de vista da relação e 4) Momento: do ponto de vista da modalidade.
O juízo estético de Kant é derivado de sua Teoria do Conhecimento Transcendental, ou seja, se sua “Crítica da Razão Pura”.
Processo: pode ser considerado através da estética histórica, dialética e idealista de Hegel e da estética histórica, dialética e materialista de Marx.
A estética de Hegel tem como fundamento o conceito hegeliano de dialética: lei geral da formação e desenvolvimento da realidade. Os pontos centrais da estética de Hegel são: 1) O belo artístico e 2) A hierarquia da arte e sua morfologia. As formas de arte resultantes deste processo são classificadas por Hegel em três categorias: a) A forma simbólica da arte; b) A forma clássica da arte e c) A forma romântica da arte.


Exemplos encontrados no texto:
1) A forma simbólica da arte, quando a idéia ainda não encontrou na matéria expressão (formal) adequada, a exemplo da arte oriental antiga, especialmente a arquitetura.
Tentar passar uma mensagem num desfile, coleção e não obter êxito no objetivo proposto.
2) A forma clássica da arte, quando o equilíbrio entre a idéia e a matéria foi alcançado, como no caso da escultura na arte clássica da Grécia antiga.
Tentar passar uma mensagem numa determinada coleção e conseguir alcançar o objetivo proposto
3) A forma romântica da arte, onde a idéia ultrapass a matéria e a arte perde seu papel como meio para conhecimento da verdade, como, por exemplo, na era cristã.
Ser encarregado de desenvolver uma coleção para terceiros e obedecer critérios e regras, mesmo sem gostar.


Por:
Cristiane Santana
Patrícia Contreiras
2° Resumo
Introdução
- O termo Estética é utilizado pela primeira vez por Alexander Baumgarten, com base no modelo criado por Leibniz. O modelo em questão divide a natureza espiritual do homem em três níveis: razão, vontade e sentimento.
- Segundo Leibniz, a razão está relacionada ao estudo da lógica e a vontade ao estudo da ética. Baumgarten apresenta uma terceira relação, entre sentimento e estética.
- Existem três principais interpretações para a estética enquanto ciência: 1. Realidade através da percepção; 2. O belo na natureza e nas atividades humanas; 3. O estético é sinônimo de artístico.
- Cinco temas principais são apresentados de forma a representar as diversas teorias capazes de tematizar o processo estético: Ontologia, Teoria do Conhecimento e empirismo, Processo, Psicologia e um estudo a ser apresentado pelo autor.
- Para análise destes temas é preciso o estudo de mais de uma corrente filosófica, por ser a estética uma “ciência do espírito”, formada por diversas teorias, o que torna o conceito de belo relativo.
Ontologia
- Se ocupa da origem, causa e natureza do belo e suas questões foram inicialmente tratadas na Grécia Antiga.
- É apresentada pelo autor do texto de acordo com as correntes filosóficas de Platão, Aristóteles e Plotino.
- A estética de Platão pode ser dividida em três momentos: 1. Natureza emocional, a beleza existe por si mesma; 2. Antítese Racional, crítica da arte como mimese[1]; 3. Estética da ordem.
- Esta estética tem como seu tema geral de estudo a idéia do belo, ou seja, para Platão o belo é inerente à natureza e a percepção humana não o alteraria, apenas o absolveria como idéia. A arte é a imitação da idéia do belo.
- Já a estética de Aristóteles tem como tema principal o estudo da arte e se ocupa, ao contrário de Platão, com questões práticas.
- Ambos, no entanto, tem sua estética relacionada à objetividade do belo.
- Plotino, ao contrário dos dois filósofos anteriores, acredita que o belo depende de uma interpretação individual subjetiva.
Teoria do Conhecimento
- Trata do relacionamento entre sujeito e objeto e, em sua estética, busca o conhecimento sobre o que é o belo. (passagem de uma estética “prática” para uma “teórica”)
- Três grandes correntes: racionalismo cartesiano, intelectualismo leibniziano e sensismo anglo-saxão.
- Para Kant existem dois níveis de relacionamento sujeito-objeto: conteúdo do objeto-compreensão do sujeito e forma do objeto-gosto do sujeito.
- O belo, para Kant é “aquilo que agrada universalmente sem conceito”.[2] Ele estabelece 4 momentos de juízo estético: qualidade, quantidade, relação e modalidade.
Processo
- Tem como indagação o desenvolvimento do conhecimento sobre aquilo que é belo.
- Um de seus principais teóricos é Hegel, que tem como pontos principais de sua estética “o belo artístico” e a “hierarquia da arte e sua morfologia”.
- O primeiro ponto considera que o belo criado pelo homem é mais importante que o belo natural. Já o segundo ponto aponta que o conteúdo do belo seria a verdade e que a arte é composta por uma relação interior/exterior, gerando três formas de arte: simbólica, clássica e romântica.
- Simbólica: “a idéia ainda não encontrou na matéria expressão (formal) adequada”.[3]
- Clássica: “o equilíbrio entre a idéia e a matéria foi alcançado”.[4]
- Romântica: “a idéia ultrapassa a matéria e a arte perde seu papel como meio para conhecimento da verdade.”[5]
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[1] A mimese pode ser identificada ao pensarmos no design de moda / produção de vestuário através da utilização, da apropriação de formas e cores inspiradas na natureza para desenvolvimento de coleções de moda. Se pensarmos no sentido mais amplo da palavra podemos identificar esta “imitação” na simples cópia realizada por muitas confecções, de criações lançadas em semanas de moda, principalmente nas européias e norte-americanas.

[2] No design de moda é difícil identificarmos uma situação na qual se enquadre o belo de Kant, já que esta área é carregada de conceitos e movida pela relação forma/gosto dos indivíduos (consumidores).
[3] Ao pensarmos em moda a forma simbólica poderia se adequar ao desenvolvimento de uma coleção que não consegue atingir seu objetivo de dialogar com seu público, inexistindo uma relação entre conceito e forma apresentada. Um exemplo poderiam ser as pequenas confecções, às vezes mais preocupadas na utilidade da peça e na cópia do que está sendo produzido pelas grifes do que em uma adequação de uma idéia à prática.
[4] Neste caso o objetivo é atingido, ou seja, um conceito consegue ser passado ao público através do desenvolvimento do produto ou de uma coleção de moda, criando looks coordenados entre si e uma harmonia geral com o tema proposto, criada também pela ambientação do desfile, programação visual, etc. Isto geralmente ocorre com as grandes marcas que desfilam nas Fashion Weeks brasileiras, por exemplo, nas quais um conceito é apresentado, desenvolvido e posteriormente adaptado para comercialização em suas lojas.
[5] No design de moda poderíamos identificar uma característica “romântica” em coleções “autorais” ou em desfiles com ideais que vão além do simples desenvolvimento de um conceito para comercialização posterior. Os desfiles de John Galliano são um exemplo, assim como Jun Nakao e sua “costura do invisível”.
Por:
Renata Gouvêa de Matos
Caroline Figueiredo