Platão dizia existir dois mundos: o Real ou “em ruína” onde predominava a morte, a ruína, a feiúra e a decadência e o Ideal, Autêntico ou “em forma” que era o mundo das essências ligadas ao ser do mundo real onde a Verdade, a Beleza e o Bem são essências superiores, cada ser do nosso mundo possui um modelo, um arquétipo ideal e a beleza terrestre seria um reflexo, uma “imitação” de modelos da Beleza Absoluta. Portanto, para Platão a beleza depende da comunicação que um ser ou objeto possua com a Beleza Absoluta, ideal, existente neste mundo das Idéias.
Segundo ele a alma humana é proveniente do mundo das idéias por isso ela é atraída pela beleza. Ela, antes de unir-se ao corpo vivenciou a Beleza e Verdade Absolutas e por isso aqueles que se dedicam à Beleza e Verdade são aqueles cujas almas recordam-se da experiência assimilada no plano das idéias.
O mito da “parelha alada” de Platão diz ser o caminho místico o único capaz de elevar o homem ao mundo das idéias. Tal caminho seria o do amor, pois a princípio o ser humano era andrógino, ao ser separado (machos e fêmeas) cada alma procura seu par. Os indivíduos inferiores contentam-se com o amor físico, já os superiores iniciam sua busca pelo amor físico, logo alcançam o desejo de um belo corpo e passam a amar toda a beleza existente em belos corpos. Contudo a beleza corpórea torna-se pouco digna de estima, pois é sujeita à ruína (velhice, morte) então tal indivíduo passa a contemplar a beleza moral (da alma) porque ela resiste e com o tempo, sua contemplação é aprimorada até ele atingir o estágio final que é possível na terra, alcança a beleza “suprema”, acima de qualquer coisa, imutável e absoluta identificada com a Verdade e que causava prazer, deleite.
Segundo Resumo:
Platão via o universo como dividido em dois mundos: o mundo em ruína e o mundo em forma. O nosso mundo é o campo da ruína, da morte, da feiúra, da decadência. O mundo autêntico é aquele mundo das essências, da idéias puras. É o mundo eterno e imutável que existe acima do nosso. Nele a verdade, a beleza e o bem são essências superiores, ligas diretamente ao ser.
Segundo Platão, a alma humana, eterna, sofre uma decadência ao se unir ao corpo material. Para ele a alma sabe tudo e se nós não a acompanhamos nesse conhecimento é porque a nossa parte material e grosseira faz com que nós nos esqueçamos da maior parte daquilo que a alma sabe, por ter contemplado já, a verdade, a beleza e o bem absolutos.
Os diálogos platônicos que mais se referem à Beleza são “O Banquete” e o “Fredo”. No primeiro, o chamado “discurso de Sócrates” explica, quase que de modo definitivo, a teoria platônica da Beleza, valendo-se do famoso mito da “parelha alada”. Platão aconselha a seus discípulos o caminho místico, como o único apto a elevar os homens das coisas sensíveis e grosseiras até o mundo das idéias. O estágio de aperfeiçoamento seguinte, será aquele em que se considera a beleza da alma como superior à beleza do corpo.
Para Platão, a Beleza causava antes de mais nada, enlevo, prazer, arrebatamento. Deleitação. Para ele a alma lembra dificultosamente e como pode, realidades que contemplou numa outra vida mais autêntica da qual vivemos desterrados. É a famosa teoria da reminiscência, que iria informar todo o pensamento platônico, não só quanto a contemplação da Beleza, da Verdade e do Bem, como a respeito dos métodos e processos criadores da Arte.
Por:
Caroline Barra
Cristiane Santana

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